Pouco mais da metade dos jovens brasileiros conclui o ensino médio na
idade certa, de acordo com levantamento do Movimento Todos Pela
Educação (TPE) divulgado na última quarta-feira. Usando os dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, o último
disponível, o estudo revela que 56,7% dos alunos com até 19 anos estão
formados no ensino médio. Em relação a 2013, o avanço foi de 2,4 pontos porcentuais.
Contudo, pelas metas do Movimento, seria preciso que a porcentagem
alcançada fosse de 69% - só assim seria possível cumprir a o objetivo de
ter 90% dos estudantes até os 19 anos com o ensino médio completo.
O levantamento mostra que a tendência é de melhora no indicador. Nos
últimos dez anos, o Brasil avançou 15,4 pontos na taxa. Em números
absolutos, o aumento de estudantes que concluíram o ensino médio em 2013
e 2014 passou de 1.442.101 jovens para 1.951.586.
Desafio - Com o levantamento, divulgado anualmente, o
objetivo do Movimento Todos pela Educação é monitorar a meta 4,
desenhada por especialistas em educação: todo aluno com o ensino médio
concluído até os 19 anos. Os resultados demonstram que o país terá
dificuldades para universalizar o ensino na idade certa. No ensino
fundamental, 73,7% de alunos até os 16 anos concluíram essa fase
escolar.
Em relação ao ensino médio, todos os estados brasileiros tiveram
melhora. Os maiores avanços em relação a 2013 foram registrados na
região Norte (19,2 pontos porcentuais) e na região Nordeste (22,4 pontso
porcentuais).
"Embora os dados disponíveis mostrem a realidade apenas até 2014, é
importante alertar que o desafio é grande, uma vez que não é pequena a
parcela de jovens de 16 anos que estavam então fora da escola sem ter
concluído o ensino fundamental", afirmou o TCE em comunicado.
Desigualdades - Se considerados os resultados do
levantamento em relação a renda ou região ainda é possível notar
desproporções nos indicadores. Comparando a região Norte, historicamente
a menor taxa de conclusão (40,4%), com a Sudeste, mais elevada (64,4%),
a diferença é de 24 pontos porcentuais.
Observando o recorte de renda, a desigualdade entre os 25% mais ricos
e mais pobres da população é de 48,1 pontos porcentuais. Em dez anos, a
diferença caiu 14,3 pontos porcentuais, em especial na região
Centro-Oeste. Porém, a redução está relacionada com a estagnação do
índice na parte mais rica dos habitantes.
Fonte: www.veja.com/educacao
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